“PREFERÊNCIA”.
(Crônica).
Eu sei que ainda não sou um ancião, mas quem me dera eu fosse... Assim eu estaria com a certeza de já ter vivido muito; mas na idade em que estou já não sou tão jovem assim, portanto, já vi e ouvi muitas coisas por este mundo afora.
Eu comecei este texto falando da idade por que a idade é sinônima de experiência, e alguém que tem experiência não pode cometer o erro de ser preconceituoso... Aquela velha história. – Ah! No meu tempo não era assim! Ora bolas! Qual é o tempo de alguém se não o atual? Não importa se nasceu há cem anos atrás, se está vivendo até agora o tempo é agora... Um exemplo: um casal sente o desejo de ter um filho, por que então a preferência do sexo desse bebê? Não importa se um menino ou uma menina se houver amor para com a criança vai ser amor independentemente do sexo dessa criança, do contrário, já ficou caracterizado aí o preconceito.
Nasce então à criança, sonham junto o casal. – Se for menino eu quero que seja um médico, se for menina eu quero que seja uma médica... Quando nasce a criança ao longo do crescimento as preferências vão vindo a tona, aquele ou aquela, cuja preferência tende a ser um musico (a), e só para contrariar quer ser roqueiro (a)... Não que eu tenha nada contra aos roqueiros, confesso que gosto do rock, quando bem executado é claro.
Quando existe o bom senso por parte dos pais, apóia-se, afinal, a escolha é de quem vai viver aquela vida, aí então está colocada a prova o tamanho do amor que os pais sentem pelo filho ou filha; mas a prova mais forte é quando os pais descobrem que, a preferência sexual desse filho (a), é diferente da tradicional... Aí então eu quero ver, se o amor vai superar as expectativas programadas previamente.
Não estou querendo com este texto fazer apologia a nada, não sou a palmatória do mundo para dizer o que é certo ou o que é errado, eu tenho a minha própria opinião, todos devem ter as suas... Mas em minha opinião o importante é ver o filho (a) com saúde, saber que é um ser humano bom, que tenha caráter, e até onde eu sei caráter não inclui esses tipos de preferências.
Ao longo da vida eu vi filhos que batem no peito e dizem ser machos, mas vivem maltratando as suas mães, desrespeitando os seus pais, e que, sequer querem saber como os seus pais estão de saúde; vi também filhos e filhas que não eram nada do que se chamam normais, que tinham preferências diferenciadas, mas tratavam o pai e a mãe com muito carinho e respeito, e isso é o que importa.
O mundo não tem que se adequar a nós seres humanos, nós somos quem teremos que nos adequar ao mundo, aceitando as preferências e as escolhas alheias, para que seja respeitada a nossa própria escolha. Eu penso assim.
Autor: Antonio Hugo.
Antonio Hugo é antes de tudo um artista plástico, escritor romancista, um poeta como tantos por este mundo afora, está sempre pintando quadros em óleo sobre telas, ou escrevendo poemas ou outros textos, como crônicas, sonetos, aventuras, mas o que ele ...