Poesia do Amor Desfigurado
Tudo em você é tão belo,
minha rosa vermelha de grande mistério;
Nesta poesia de um ardor desfigurado,
este meu amor ao mundo revelo.
Onde tua presença se esconde?
No azul celeste do céu e suas nuvens!
Neste sonhar sem paralelo
Ou no elixir de incoerências e sem normas,
no além ou na dor infraterrestre que a domem,
na inversão do amor por adoração,
no abundante ou no lacônico.
Sinto dizer o que eu acho tão belo!
O tempo é continuo e lunar.
E o que restará de nós,
a carne, ossos, remendos ou um arrepio asmático.
línguas fatalistas,
mostrando o pior de nos mesmos.
Na vibração oca e cinzenta
do céu de nossas bocas.
Por estas e outras eu suspiro,
mas sinto e ouço com meus ouvidos
feito funil.
E o sol ardente e violáceo me influencia
nesta linda manhã deste dia;
Eu olho para você
num tom azul, tremendo de frio.
Alexandre Montalvan