2011
Os gêmeos Pedro e Paulo
são rapazes engraçados
se mudaram a pouco tempo
e se mostraram muito dados
São gente muito boa
O que estraga é a "marvada"
Gostam tanto de cachaça
que bebem até da encruzilhada
Eles amam todo mundo
Na hora da bebedeira
Bebem pra afogar a saudade
E começa a choradeira
Logo perdem a noção
E provocam até o diabo
Bebem no copo dos outros
dizem que não são folgados
De repente ficam alegres
não há quem aguente a cantoria
a dupla é desafinada
E provoca é agonia
Estão pra lá de bagdá
Mas rebolam até o chão
Sobem em cima das mesas
acabam caindo no chão
Os dois abraçam todo mundo
Falam pelos cotovelos
logo levam um empurrão
De clientes mais grosseiros
Gritam no meio da rua
Que estão bem e pedem mais
Tremem feito vara verde
E pra eles tanto faz
Nunca aceitam a saideira
Namoricam e arrumam briga
Mijam no meio da rua
e põem a culpa na bexiga
Beijam a boca do cachorro
E não param de babar
Dão uma dose pro santo
e não param de pitar
Até que o dono do bar
perde toda a paciência
joga no meio da rua
sem um pingo de clemência
Os amigos que levantam
eles saem cambeteando
Vão em direção da casa
Crente que tão abafando
O pai bota pra dentro
Que já vive de campana
dá uma pisa danada
Diz que cura a carraspana
Dá uma pena danada
bom que eles não reagem
sabem que se excederam
do pai respeitam a autoridade
Mas quem diz que se emendam?
Nem com os couros esfolados
No outro dia estão no bar
E só saem de lá mamados