Quisera eu ser livre Como pássaros no céu a voar E não mais em você pensar O que faz meu pensamento Alcançar distantes horizontes. Olhos sarcásticos Burburinhos noturnos Como os sóis de Netuno. Fala suavemente aos meus ouvidos Palavras que não posso ouvir Cicatrizes de um coração ferido Que ignora a razão. Oh dama vagabunda Que chora nas madrugadas Flor espartana Que perpassa sua espada No meu coração Enquanto tento ver o brilho do sol Que não brilha para mim. Não existe perdão Quando não se tem mais razão Para continuar na ilusão. Por isso deixo-me cair no sono E cubro-me com os lençóis da ignorância.