O tempo, transparente e sábio
É como água que corre rio fora
Muda de cara como uma mulher
Dá doces beijos no meu lábio
Seca as lágrimas quando chora
Me abraça sempre que quiser
O tempo, que nunca passa assim
Como eu quero, depressa e lento
Feliz ou infeliz, frio ou quente
Faz pouco de ti, de ti e de mim!
De todos nós, num olhar cinzento
A que nenhum fica indiferente
O tempo, que demora a chegar
Salta para a frente e para trás
Vai e volta sem tempo, como eu
Canta louco e faz o vento assobiar
Sobe e desce a ampulheta sem paz
De repente... um ar que se lhe deu
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma