Se por escrever sou criança
Que desenha a noite e o dia
Com cores a preto e branco
Serei folha solta de esperança
Das que sem voar se perdia
No leito desse rio saltimbanco
Se por ser criança sou puro
Na inocência do teu amor
Que doce me afaga no peito
Serei luz a fulgir no escuro
Que te apaga toda a dor
E o mal que tenho feito
Se por ser puro sou teu
Metade de ti e nós dois
Sol e lua que perdemos
Deixa-me o que é meu
Para que um dia depois
Me ames como queremos
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma