Para ti, poeta indecente
Que me mereces asco
Forma de vida indulgente
Que já nasceu fiasco
Escrevo como mero vidente
Qual imortal carrasco
Teu horóscopo decadente
Tua imagem de barrasco
De amor sofrerás calado
Sem nada mais no olhar
De tuas palavras falado
Por não saberes calar
O teu corpo mutilado
Não voltará a andar
Viverás sossegado
Só para sonhar
Para ti, poeta valente
Deixo um curto abraço
Um dia serás gente
De curto passo
Daquela que mente
Olhos devassos
Sente, o vento sente
Sopra nesses espaços
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma