Em vã glória, vão os homens.
Vão de erro em erro.
Em vão êxito. Na vã loucura.
Entre as ruínas da ilusão. Vão em vão pensamento.
Desconhecem a fragrância das flores e a forma régia das árvores.
Deve o homem em cada dia praticar a paciência e a mansidão.
Na natureza está a mais sã companhia.
E, não será em vão a safra dos dias em que se pratica
a verdade livre das companhias inóspitas,
permanecendo dentro de ti próprio.
O espírito e a mente nunca se mostram sós.
Por a solidão ser a mais sociável das companhias.
O homem que trabalha e pensa, caminha
sem nunca passar no deserto dos homens que vão na vã andança,
pois não vão em vão os homens que rezam e discursam em liberdade.
Não se perde na floresta, nem na vã luxuria,
o homem que vive à margem de semelhantes comensais,
por saber contemplar as pedras no seu local de origem.
Vão em vão as multidões de vã sabedoria.
Zita Viegas