Tu! Homem pintado de hipocrisia
De peito armado feito centurião
Punho fechado em tons de ameaça
Cala-te! Silencia essa fantasia
Que na tua macabra imaginação
Se faz podridão da humana raça
Tu! Homem pintado de ignorância
De camisa vincada e torto papillon
E sapatinho verniz a condizer
Recorda como eras na infância
Moleque refilão sem qualquer dom
E triste... triste por nada ser
Tu! Homem pintado de egoísmo
De ar importante e solitário
Bigode mal aparado, rasca
Não finjas mais o falso heroísmo
Que gritaste no familiar calvário
Afogado na aguardente da tasca
Tu! Homem de perdição
Predador da sociedade
Besta incomensurável
Ajoelha-te ante o mundo
Que não te terá piedade
Nessa tua hora miserável
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma