Os pensamentos que voam sem destino
São transeuntes na esplanada dos astros
Que os recolhem incólumes, sem rastros
Do engarrafamento trépido do desatino.
As consciências que navegam no infinito
São criaturas endógenas do viver incerto
Que trucidam os reflexos que estão perto
Do tímido arrebol que macula o psíquico.
Os prazeres desnudam da alma a volúpia
Que submerge diante da inconsciência vil
E leva até o palco da turba a foto do perfil
De uma individualidade carente, estúpida!
Da indigestão onírica que perfura a mente,
Há uma fantasmagórica imagem, somente!
DE Ivan de Oliveira Melo