Árvore
Entre uma árvore e a parede
Um dia pendurei minha rede
Para as tardes eu descansar
Eu lembro que me deitei nela
Bem próximo à minha janela
E logo eu me pus a sonhar
No sonho me disse sentida
Que há tanta gente esquecida
Que vive a me desrespeitar
Esquecem que eu fui a Cruz
Em que foi pregado Jesus
Que morreu pra nos salvar
Não se esqueça meu amigo
Que também sirvo de abrigo
Sem nunca nada cobrar
Que sou esteio duma nação
Sou o ar para o seu pulmão
E você quer me derrubar
Siga na vida, vá em frente
Espalhe a minha semente
Que possa me multiplicar
Sempre conserve a floresta
Pois é quase tudo que resta
De bom que pode deixar.
jmd/Maringá, 02.12.19
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