São vozes em minha mente
Não sei se as hei-de escutar
Ou se as ignoro e sigo em frente
Mas não sei se irão acalmar.
Delas sou um vulgar recuso
Deverei chorar, deverei sorrir?
Estou perdido, tudo é tão confuso
Dizem a verdade ou estão a mentir?
De gritar já estou rouco
Não sei se aguentarei mais
Assim irei dar em louco,
É um fardo pesado demais.
Já começo a ficar farto
Porque não sei quem tem razão
Aqui fechado no meu quarto
Debatendo-me com a escuridão.
É apenas uma crise de loucura
Tudo contínua igual
Enquanto procuro uma luz segura
Que me faça sentir normal…
José Coimbra