Primeira profissão
Minha primeira profissão foi a enxada
Quando eu trabalhava ao sol ardente
Descalço andava, sem quase nada
Alegrava-me ver o sol cair no poente
Lá pela tarde eu olhava para o sol
Que parecia ser preso a um barbante
Pois demorava a baixar o seu farol
E essa demora eu achava angustiante
Alegrava-me ao chegar cinco e meia
Sob um pé de café, a enxada deixava
E voltava bem depressa para a aldeia
Aos domingos quando chega a tarde
Só pensava na segunda-feira brava
Com tamanho medo, feito um covarde.
jmd/Maringá, 29.11.19
verde