Às vezes,
Sinto-te homem forte.
Em outras,
Frágil menino.
Paro. Fico a pensar
Nesse teu desatino.
Esse amor
Que te arrasta
E quase mata.
Essa paixão
Que te devora
E apavora.
Faz-me pensar
E imaginar
Onde e como
Estas agora.
Homem, tão cheio de amor.
Sinto-te, às vezes, carente.
O mundo te espera aqui fora.
Quem sabe faz a hora.
Criança, querendo sentir amada
Num mundo tremenda prisão.
Extravazando amor p'ra dar
Sinto assim o teu coração.
Abre a porta dessa gaiola
Que te mantém em prisão.
Liberta essa alma sedenta
Viva o amor e a paixão.
E então?
Vera Salviano