COR-DE-PELE
Meu lápis cor-de-pele não é rosa,
Mas sim marrom de terra avermelhada
Que dá lá nos tijucos da baixada,
Com liga tão subtil que pegajosa.
Não digo qu'ela seja a mais formosa,
Visto toda a beleza celebrada
Nas mais diversas cores da jornada
Que a Humanidade pôs em verso e prosa.
O que afirmo devera é que não menos
Essa pele morena m'embeleza,
Embora ainda a tenham por somenos...
E o lápis que a colore com destreza
É o que imita o ardor d'estes sóis plenos
Na terra que me deu a Natureza.
Betim - 23 11 2019
Ubi caritas est vera
Deus ibi est.