Poesia sem graça
Quieto na sala de estar,
O tempo sabia de tudo .
Olhava sem questionar,
Trabalhava sempre mudo.
Morava em sua companhia ,
Um passarinho maluco ,
Que pulando se exibia,
Chamava sempre por Cuco .
Cuco nunca aparecia,
Naquela sala de estar.
Ou ele não existia,
Ou mudara de lugar.
Ao tempo pouco importava ,
Alguma lamentação,
Daquele que se atrasava,
Perdendo sua condução.
Pois como bom comandante,
Mandava sempre recado
Por seu pássaro ajudante,
Muito bem disciplinado .
Do tempo, não tenho ranço.
Pois não tem culpa de nada .
Do passarinho e seu avanço
Tenho saudade danada.
Lu
A poesia corre em meu sangue
Como a água corre no rio
Sem ela sou metade de mim
Meu nome é fruto de poesia.