Nunca me senti tão feliz num momento tão triste.
A porta que entrei, foi à mesma que me viu partiste.
Um encontro ás escondidas sem data marcada.
A porta dos fundos também é uma entrada.
Fecham-se as portas, mas abram-se as cortinas.
O vento está frio, mas o Sol nasce nas colinas.
É o ciclo finito e natural da vida.
O ponto de encontro é o mesmo da partida.
Pulei com os pés descalços sob pregos.
Desafiei a sorte correndo vários perigos.
Contagia-me de alegria com toda simplicidade.
Nada é melhor do que um olhar que trás a verdade.
Desesperado para estar logo agindo.
Fiquei calmo ao olhar no espelho e ver meu reflexo sorrindo.
Parece que voltei para minha terra natal.
Casa de felicidade não entra nenhum mau.
Os dias antes pareciam todos iguais.
Os dias hoje são aleatórios de modo que sejam naturais.
Encontrei-me comigo mesmo.
Já não via hora de acontecer a esmo.
- Olá, Eu!
- Olá, Eu.
- Senti sua falta.
- Sei que sim, você esteve fora por muito tempo, por quê?
- Estava com muitos "por quês" em minha mente.
- Encontrou as respostas que precisava?
- Sim. O que tem feito por aqui?
- Sei lá, te esperando.
- Pelo visto eu realmente demorei.
- Para com isso. Ha ha, não repare na bagunça. Estava uma zorra aqui dentro.
- Tudo bem, é a nossa casa. Vamos tratar de organizar ela.
- Ta, mas agora?
- Agora, amanhã e sempre.
- Agora. Amanhã. Sempre.
Gabriel Cruz 20/05/2019