Nunca devo, nunca devo
ao Medo dar alçada,
e de carta na manga,
(ainda que raramente vá a jogo)
transcrevo a morte idosa do seguro.
As calças do fim
caem depois.
Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.
Eugénio de Andrade
Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.