Sonhei, um lago imenso onde a chuva caía; e eu chorava, porque chovia.
Ao tempo pertenço, nele me entristeço e choro.
Chovem rios e mares dentro de mim.
Me afogo nas correntes em frenesim e me devolvo ao sol,
brilhando na nostalgia que arranco e transformo em alegria.
Mudo como o tempo e o vento.
Ora sul, ora norte; que se afogue a má sorte.
Porque se chove, eu choro, se brilha o sol, eu sorrio.
Sou parceira do vento, fruto do tempo, amante do sonho, que num lago navega o encantamento;
e acorda, manhã, Maio cinzento; pronto a brilhar.
E pinta de branco a nuvem que passa.
E cobre num manto bordado a cristais, o frio lugar, onde meu olhar transparece, ao encontro da paz -
e chora e brilha num tempo inventado, num sono profundo, ou num sonho acordado.
E é nesse momento, dentro de mim, que se agiganta o mundo.
Num tempo, num sonho, sem fim.
Carpe diem
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