DE NOVO, EU SEI
Carrego toda uma carga de dores
As dores do mundo
E muitas nem mesmo causei.
Há ressentimentos demasiados.
Sem fundamentos,
para que eu seja o cristo do mundo.
O ocupante da hora nessa cruz
onde mora os condenados.
Sinto essas dores do mundo
E não as entendo.
Não as criei – ou acho que não.
Sempre deixei que os dias corressem livres
Me envolvendo pouco.
Aceitando o que a vida trazia.
Foi onde cheguei com a inação...
Carrego as dores do mundo.
As velhas amarguras me torturam a alma
E não sei para onde ir.
Tudo se volta contra mim.
Devo ser realmente esse monstro.
Devo ter esse poder abominável
De emporcalhar tudo que toco...
Aqui estou, lamentando a minha sina.
A maldição de ser o que sou.
Carrego em mim todas as dores do mundo.
As dores que nem sei.
(Proteus).
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