HUMANO
Sei meu amor, que essa humanidade
Que me move o corpo te assusta,
Sim, sou humano demais em todos os meus defeitos
E os desfilo em atos e palavras
ofendendo sua perfeição desejada.
Ah, meu amor... E são essas imperfeições
Que me tornam perfeito para você.
Não me iria querer frio ou morno.
Sem a graça das dores do mundo
E as alegrias para suportá-las.
Ah, meu amor,
E as sei suportar como ninguém.
E as sei remoer, sofrer e sublimar
Como nenhum outro imperfeito ser.
Sei meu amor, que essa humanidade
Te assusta.
Mas foi ela que amou em mim.
Essa eterna luta de paixão e ódio com a vida.
Não, eu não mudei.
Eu nunca mudo em minha constante mudança.
Sou o que sempre fui.
Um camaleão de emoções
Vasculhando a vida
Em busca de soluções
que não quero ou realmente desejo.
Então, meu amor,
Ama-me por humano que sou.
Demasiado humano,
meu amor. (Proteus).