A minha alma recursa-se,
a aceitar sobretudo as cargas
pesadas deste mundo.
As minhas forças já não permitem, estão fenecendo,
não cabem mais às razões.
Sinto-me, como teias de aranhas
de um sotão num amontoado de móveis cobertos pelo pó.
Seguida de monstros com pesar
almas a penar espelhos velhos
que quase não consigo visualizar.
Num instante um buraco negro
Profundo exímio sepulcro caiado
de olhos virados, dentes expostos
Nem carne , nem pele, só vermes ossos na sepultura!
morada de bichos e terra.
Mary Jun
Mary Jun