CONVIVENDO COM A DESILUSÃO
(Jairo Nunes Bezerra)
Seminua, vegetas pelas ruas ao anoitecer,
Chove torrencialmente e a solidão se faz presente...
Cansada, tenta embaixo da marquise espairecer,
E mais vislumbras a solidão em frente!
As tuas dívidas cresceram vertiginosamente,
E os poucos andantes passam acelerados...
As ausências das aventuras antes crescentes,
Omitidas, hoje, deixam os teus olhos marejados!
Encontrastes a solução regressando ao teu lar,
Sem fantasia a bailar,
À espera de um milagre circulante!
Regressastes triste , quase nua, toda molhada,
Ainda seguida pela enxurrada,
Excluída de aventuras amorosas antes vigorantes!
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