No tempo das boiadas
Na escola, quando eu ia
Caminhando com alegria
Encontrando uma boiada
Lá de longe um berranteiro
E aos gritos os boiadeiros
Para eu sair da estrada
Ouvindo aqueles sinais
Eu entrava nos cafezais
Enquanto passava a boiada
À frente ia um sinoeiro
Ao lado dois boiadeiros
Tomando conta da estrada
A equipe era bem treinada
Pra não dispersar a boiada
Nas encostas dos caminhos
Mas a gente nunca sabia
De onde a boiada partia
E qual era o seu destino
Hoje tudo isso se acabou
Só a saudade é que ficou
No meu pobre coração
Hoje a boiada é levada
Sem fazer poeira na estrada
Em cima de um caminhão
jmd/Maringá, 12.10.19
verde