Paixões vão com o vento buscar portas abertas, mentes vazias ou cheias de perturbação, são como águas que buscam fazer infiltrações nas pedras mais duras e nas mentes sem emoção.
Quando se vê o meio do caminho é turbilhão de pensamentos vãos e o destino perdido ao relento faz do tempo uma maldição, o tempo que vai arrastando pra baixo seios, sacos e noção.
Uma paixão faz do mais sensato mestre um débil cidadão que se perde na noite e que não sabe onde está no meio da viração do dia, que diante da ausência do ídolo adorado enche se de perguntas vans das do tipo pra que serve a vida
Doença como uma gripe que todos vão pegar um dia mas só os viciados em serotonina vão desejar constantemente manter se neste estado de esquizofrenia romântica da paixão maldita
Mendigos por atenção, nervos em frangalhos e pensamentos suicidas, auto punição e culpa, do que não fez, do que fez, do passado que foi uma merda mas com momentos inesquecíveis poéticos das mentiras, dos medos, misturados num cálice de fluidos corporais
Óperas de uma baixaria sem fim, que se sobrepõe ornamentada de fantasias que não podem esconder o cheiro da putrefação de almas atormentadas por mais um gole de paixão azeda que pareceu doce um dia.