As emoções do dia a dia afloram
O coração tenta respirar
Pegar embalo nas asas da imaginação.
Tudo é tão fugaz
O tempo parece não sobreviver
Há uma saudade inconstante
Uma ausência que dói na alma.
Falo de sentimentos às paredes
Mas, elas não respondem.
Olho-me no espelho
E não vejo nada além do vidro
Um vazio
Um silêncio que incomoda.
Lembro-me, então, dos seus olhos
Do mistério neles escondido
Eu sabia que seria assim
Sofrimento
Mesmo assim, eu quis arriscar
E aqui estou
Preso em minha própria ilusão.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense