O sol me lambe as feridas antigas e recentes.
O mar me segreda navegações.
Vôos de gaivotas, chegada de andorinhas
Me parece ver ao fundo escrito na linha separadora - esperança.
Entre a espuma e os céus.
Entre o ontem e o hoje.
Entre o eu que se envelhece e o outro renovável nos dias.
A cada desencanto, a cada esforço, a cada virar de página.
Quero navegar em este descanso que a saudade vai intervalar com os afetos.
Me sentei no fim de semana. Em frente ao sonho.
Em frente ao mar da minha ilusão.
Não para observar.
Não para me fustigar.
Não para me esquecer de mim.
Sentada à espera de ti.
De tudo o que o sábado traz, para ser feliz.
Sentada à espera de mim.
Carpe diem