Chuva de 1954
Lembro de chuvas muito duradouras
Em que chovia vários dias sem parar
Onde o feijão apodrecia nas lavouras
Pois nunca fazia sol para poder secar
Do telhado, a água saía em gárgulas
Esguichando para longe em todo lado
Parecia ser mais um conto de fábulas
Em que o mundo estava todo alagado
Esse tempo ficou em minha memoria
E talvez foi a maior chuva da história
Do meio do século passado para cá
Pois amanhecia e anoitecia chovendo
Que até hoje ainda eu estou prevendo
Que outra chuva como essa não virá.
jmd/Maringá, 05.09.19
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