O tempo
Em um eterno retorno
Vive na alma humana
Com efeito sonoro
Um Tic e TAC...Tic e TAC
Pingos em uma poça de água
Passos em uma calçada
Tiros de uma automática
A morte
A estática
A difícil arte de viver
Onde estão os mortos
Porcos postos em uma funerária
Corpos cheios de feridas
Fétidas e maduras
Como a luz que irradia e se medra
Como um raio cósmico que acalma
Como a carne escura revela
Onde estão as rosas amarelas
As que brilhavam nos jardins como estrelas
Onde estão as que emitiam luzes sonoras
Como as rosas de outrora
Onde se encontram os floreados breves
Que havia tresantontem
De casais dançando sobre folhas
Eras antes de antes de antes
Em quais destinos se encontram teus sorrisos
Que um dia iluminaram a minha vida
E que hoje é o que mais eu preciso
Para aplacar a minha solidão
Onde se encontra o horror profundo
Que por tanto o viver, ganhamos proteção
Sentimentos que aos poucos se enregelaram
E trouxeram o inverno ao nosso coração.
Alexandre Montalvan
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