Não diga nada
Que este silêncio permaneça infinitamente
Nem ligo para as lágrimas
Quem garante que não seja fingimento
A dor que não existe nos seus olhos.
O grito do mundo
Ecoa firme em meus ouvidos
Que estão tapados pela violência
Causada pelo vacilo dos homens.
Cambaleia como ébrio
A esperança de futuro
Das almas-perdidas pelo tempo
Na escuridão da madrugada.
Não entendes as minhas palavras?
Como poderia entender?
A sabedoria não está neste barulho
Nem na euforia de sua falsa alegria.
Não diga nada
O meu silêncio não pode ser quebrado.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense