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Ocaso

 
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Ocaso

Abandonei-me à essência da eternidade
em uma macies sedosa da branca cal
nesta procura geral por uma verdade
tantas taças loquazes do ventre do céu

O acinzentado espectro do definhamento
fórceps de uma vida que não quero mais
com todo o terror de um sentimento
das dores absurdas que deixei para trás

São tantos os amores que no peito arde
num mundo folheado de falsos atores
prefiro o sol no ocaso invernal da tarde

Pois eu amo a morte e todas as suas cores
e a sombria ventania. Oh! Deus me guarde
deixe-me morrer num jardim de negras flores.

Alexandre Montalvan

 
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montalvan
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