Era ela a puritana perdida
Pelos puritanos, era iludida
Mas depois de pegar em minha mão
Nunca mais se ouviu um sermão
Mas se sentiu o pavor
Que é ser preenchida
Com o verdadeiro amor.
E foi dado o critério
Que nós faríamos no cemitério
Onde há gente boa e ruim
Que não interessa a mim
Pois uma hora todos chegam ao fim.
E foi só pecados
A mim não importa quem está enterrado
Em cima das tumbas, camas dos tarados.
Varinhas de plástico, açoite de cetim
Algemas, chicotes e prazeres sem fim.
Dor, está doendo meu amor
Mas não pare por favor
Sou o insano dos amantes
Sinto prazer com sangue.
Parafina cai quentinha em sua genitalia
Cortes nas coxas, feito com navalha
Gritos abafados com o travesseiro
Marcas roxas ardem em seu pandeiro
Anel no dedo e um beijo na flor,
Doce, puro mel, este sem cor.
Onde há dor, há prazer
Um prazer sem pudor,
"Mas sem pudor " outros dizem
Que " o sexo é um horror".