Quero meu príncipe, irei voltar a usar a tiara de diamantes que tu me ofertastes.
Do que me vale as lágrimas que sufocam?
Vivo das nossas cenas de amor, das lembranças, dos momentos à beira mar.
O sorriso amarelou-se juntamente com as fotos e ainda tenho a lembrança da margem do rio.
Dói muito, as lágrimas invadem o meu ser.
Lembro-me de quando chamava-me de tua menina bonita,
irei de encontro ao nosso castelo,
vamos rodopiar novamente de braços abertos, crianças soltas ao vento.
Observarmos juntos o céu, sou tua princesa por direito.
Recordo-me dos dias e das noites.
Vem apanha-me nos braços com teu sorriso largo, vamos nos beijar.
Nunca esquecerei do amor que dedicastes, bailávamos nos salões iluminados por castiçais.
Felicidade plena, as lágrimas agora caem nas teclas do piano, nas forragens secas d’outono.
Onde estão os animais, as flores do campo, os cavalos brancos do principado?
Hoje estou aqui no sul de um novo país e a primavera não é a mesma.
Quero retornar para os teus braços e atravessarei os mares longínquos se preciso for,
irei de encontro aos nossos sonhos de amor.
Pois tu és minha alma preciosa.
Eu te prometo, jamais irei esquecer.
Voltarei para os teus braços e sempre serei tua doce menina,
na plenitude de todas as primaveras.
Viagem nos sonhos e sintam na alma o que é poesia!