Poemas :
Frustração amorosa de um morto vivo
Benevolente, faça sol ou faça chuva, sempre
estarei aqui para ela.
Martelando o espinho na carne
me acostumei com a dor.
Benevolente provavelmente nunca amarei
outra mulher como a amei.
Não importa quantas primaveras passem
isso já me matou
e é o que me traz a vida em noites
em que apenas prefiro a morte
do que continuar sofrendo por ela.
*
Eu só queria te encontrar
em um universo onde
meu ombro fosse teu lar,
te dar um beijo e terminar
com a solidão.
Eu só queria me desprender
do fracasso que foi te amar
e não ter pelo o que me frustrar.
Meu peito dói
e meus pesadelos são quando
sonho com você em um universo
onde não foi uma cruz te amar.
*
A culpa não assola nenhum dos lados.
*
Eu daria tudo para voltar no tempo
onde se cruzou nossos ventos
desde então sou só lamentos.
A bomba cresceu e me matou
por dentro
desde então sorrio menos.
Espero que eu não viva, para toda eternidade, assolado por esse tormento.
Eu daria tudo para voltar no tempo
esquecer os primeiros momentos,
preservar o calor, hoje é tão frio aqui dentro,
me sinto sem chão, vago no relento.
Eu daria tudo para voltar no tempo
matar isso tudo, porque eu não mais aguento,
do que adianta tanto amor
se o vazio está aqui dentro,
já não sinto mais nenhuma
outra dor.
Eu daria tudo para voltar no tempo
para não precisar tentar diminuir
minha dor
errando minha arte
declarando esse amor.
*
O que não é para ser, nunca será.
*
Eu sinto falta do que eu nunca
pude ter,
seu braços, o paraíso que nunca
pude sentir.
Eu sinto falta do que eu nunca
pude ter,
envolvidos neles, com certeza
o coração bateria mais confortável
no peito,
o mundo seria menos doloroso
pois meu peito sente falta
do espaço que você não quis
ocupar.
Esse vazio no meu peito
dói
pois eu sinto falta do que
eu nunca vou ter.
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