Parecia imperceptível a visão do paraíso
Que se escondia diante daqueles olhos
Meigos e tristemente solitários.
Havia uma brisa na penumbra
Que descortinava silenciosamente
Com os passos lentos de sua caminhada.
Não sei ao certo se ouvia o seu soluçar
Ou se ela cantarolava uma canção
Que mexia com o meu sentimento.
A beleza intensa de seu olhar
Tão profundo como o oceano
Era capaz de tirar a paz de qualquer um.
No jardim exótico desfilava
A magnitude de um sorriso meigo
Que irradiava de sua alma singela.
Tal beleza não poderia ser descrita
Por nenhuma alma mortal
De tamanha divindade que vislumbrava.
Então me deixei navegar silenciosamente
Nas águas tranquilas de um riacho
Ouvindo os pássaros no jardim.
As flores e as borboletas
Misturavam-se com aquele sorriso
E deixava o jardim tão exótico.
Eternizada em versos e prosas
A beleza daquele sorriso indelével
Que transmite a paz que sinto agora.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense