Nunca fui motivo de existência.
Ninguém me culpe por nada merecer.
É a minha cura tantas vezes.
Concluo que não há cura
para mim, em mim.
Gaguejo ilusões para os anos que me sobram.
Deixei tanto sonho ignorado.
Mal consigo manter,
com o peso de ser
os olhos abertos, por
nunca me deixar tocar por pouco.
Tão menos pelos outros.
Tampouco em estranhos prazeres me perco.
Zita Viegas