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Nunca vi

 
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Nunca vi

Agora eu vou contar as coisas que não vi
E pra vê-las terei que enfrentar obstáculos
Mas nas andanças nesta vida não percebi
Nenhum santo que fizesse o uso de óculos

Também já percorri mais de três estados
Sempre viajando pela cidade e pelo sertão
E em todos os lugares que tenho passado
Nunca consegui ver um só velório de anão

Também não consegui ver mulher baixinha
Que não seja brava como uma pimentinha
Que não xinga, nunca briga e nunca berra

Eu nunca vi gaúcho que não fosse falante
Que dissesse que não é pessoa importante
Que não se gaba e não defenda a sua terra.

jmd/Maringá, 25.06.19



verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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