Solidão
Quando ela partiu
Só o rancho vazio
Ficou para mim
Para o céu voou
Comigo deixou
Solidão sem fim
E a brisa a gemer
Parece trazer
Sua voz assim:
Consolai a dor
Para o nosso amor
Novamente eu vim!
Mas quanta ilusão
Tudo é solidão
Ela já morreu
E o tempo sem dó
Apagou no pó
O rastinho seu
Esperando em vão
O meu coração
Quanto já sofreu
Tudo teve fim
Padecer assim
É destino meu.
Tudo se acabou
Nada mais restou
Neste meu viver
Ela lá no céu
E eu andando ao léu
Sempre a padecer
Espero, porém
Que um dia no além
Tornarei a ver
No céu onde está
Mas isto será
Só quando eu morrer.
Versão e adaptação - José Fortuna - 1952.
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