Navego no silêncio da maresia
sobre marés de ilusões,
em cada onda, solto um suspiro
de anseio ou quiçá, de saudade,
o sol reflectido no dorso do mar
fala-me de utopias improváveis,
de abraços de brisas passageiras
e de amanhãs risonhos,
deixo, na quietude do meu sentir
invadir-me por pensamentos
que me levam a, serenamente,
continuar neste silêncio
a navegar emoções
que vou desfraldando ao vento,
vento que, silenciosamente,
me conta de suas constantes viagens,
encantado, resta-me soltar a voz
que, contida no meu peito,
deseja gritar felicidade
José Carlos Moutinho
25/6/19
Decreto-Lei, nº 63/85
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