Vendo um filme com minha filha... escutei: Livre estou!
Será que estou mesmo livre?!
Uma cartomante disse que estou preso no passado...
E como se livrar deste sentimento saudosista?!
Não tem como...
O presente me entristece...
Eu era feliz, eu tinha ao lado dela todos os sonhos...
É uma prisão perpétua!
São idas e vindas... num caminho sem volta!
Ela seguiu e eu fiquei...
Já se foram longos anos e ainda parece que foi ontem...
Que seu corpo tomou para si a minha juventude.
Pegando para si a minha alegria!
E agora que o inverno chegou, no rádio, aquela música, e eu procurando seus pés...
É tão triste não sentir isso outra vez por quem quer que seja...
A culpa é minha ou da vida?
Eram sorriso, voos em sua imaginação...
Amores e carícias no quartinho da sacanagem...
Nessa rascunho, rasguei as últimas frases...
e o passado será esquecido...