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Margô_T | Publicado: 27/05/2020 08:46 Atualizado: 27/05/2020 08:49 |
Da casa!
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Re: Crer
Um poema muito interessante!
Quando somos crentes em algo, quando temos esperança de algo: “Quando esse querer de ser crente Nos encontra,” estamos mais despertos para o que nos rodeia porque o nosso querer de crente (em algo) nos instiga o olhar desse modo (e é pelo olhar que nos conduzimos ou, talvez mais precisamente, o nosso olhar traduz o que a nossa mente busca, sendo que quando cremos em algo buscamos esse algo, mesmo que inconscientemente): “A mente divaga pelos cantos dos olhos.” Tudo o que nos rodeia passa a estar, então, em sintonia connosco, formando-se uma espécie de rede circundante onde nós próprios nos tornamos o todo por estarmos em harmonia com ele: “Sente-se o nervoso do universo Correr pelas veias desenhadas No nosso corpo.” Quando a esperança “Nos toca a pele,/E arrepia a nossa essência taciturna” sentimo-nos afagados. Porém, quando esse querer de crer (em algo) deixa de fazer parte de nós, sente-se um “aperto da mente” e voltamos à melancolia. Ou, pelo menos, foi assim que te interpretei… Um belo deambular poético que cativa! |
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