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Em desgraças

 
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Em desgraças

À meia noite entrava num bar imundo
Sentava à mesa e ia pedindo bebidas
Num local reservado a ele no fundo
E saia dali com as pernas combalidas

Onde passava era sempre criticado
Por viver como um boêmio a sua vida
Bebia só para esquecer o seu passado
Por ser abandonado por uma fingida

Pedia a todos levantassem suas taças
Para que brindassem suas desgraças
Ao lembrar daquela ingrata mulher

Olhava naquela triste taça embaçada
Conseguia ver em cores desenhada
Quem na vida lhe fazia tanto sofrer.

jmd/Maringá, 15.06.19


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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