Remador

Vim de longe, vim remando
Já passei por muitos mares
Tive minhas mãos sangrando
Suportei muitos algares.

Andarilho nesta estrada
Que parece não ter fim
Ninguém é dono de nada
Nada é dono de mim.

Sou poeta da natureza
Como o belo tico- tico
Essa é uma certeza
Carrego rima no bico.

Rema, rema andarilho
E ainda há o que rimar
Trem anda sempre no trilho
Navio desafiando o mar.

Sou pequenino aprendiz
Procurando pela luz
Perdão por tudo que fiz
Perdão, querido Jesus.

Já tive nome de santo
Mas não me identifiquei
E derramei muito pranto
Por culpa minha bem sei.

Sou remador desses mares
Vou remando minhas dores
Quero em todos os lugares
Deixar perfume de flores.

Lu


A poesia corre em meu sangue
Como a água corre no rio
Sem ela sou metade de mim
Meu nome é fruto de poesia.





 
Autor
Lucineide
 
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