Meus versos são psicografia
Eu sou médium de mim mesmo
Interpretando as fugas de minha alma
E coagindo-me pelas intempéries
Não nego os soluços de choro
Raros, rasos, mas existentes
Como se chorar fosse necessário
Pra lavar e levar minha ingenuidade
Opondo-me ao desespero
Não devo me curvar ao medo
Afinal, almas não sangram
O que sangra é a vontade da alma sangrar
Meus versos são psicografia
Eu sou médium de mim mesmo
Cada poesia é um dogma
E cada dogma um pedaço de nada
Jeferson