Aquela dupla personalidade
Que ás vezes se perde em sua confusão
Mas dentro deles há um juíz de qualidade
Que julga suas metades ainda que viva ilusão
Antigamente usavam-se cafeteiras
Mas com elas trabalha quem é do século passado
As máquinas de agora são mais porreiras
Cafeteiras essas com prazo de validade ultrapassado
Do alto do tribunal da Rosinha padeira
O juíz lançou mais uma sentença
Dizendo assim da sua maneira
Assim ele é, e com ele não há quem tenha parecença
Juíz só da dupla personalidade
O gajo mais tolo que alguma vez vi
Juíz adulto, 25 anos de qualidade
Gajo mais génio que alguma vez conheci
30 repetições foi a sentença aplicada
O ministério público pedia mais condenação
Enquanto o juíz não ouvia nada
Bate o martelo, acaba a sessão
Em tudo o que há dupla personalidade
Há sempre um juíz de verdade
Judex93