Mesmo que eu seja muito "pequeno"
Sou tipo uma víbora a silibar
Veneno se combate com outro veneno
A verdadeira arte é sabê-lo administrar
Cobras se querem juntas no mesmo cesto
Quando o veneno delas é deveras semelhante
Mesmo que o passado seja um pouco funesto
Aos deuses rogo por um futuro brilhante
Cobras que mordem uma agora e outra depois
Demorando o veneno a entrar na pele dura
Começo a ver mal, mas, um mais um são dois
E o sonho da cobra mor que ainda perdura
Sempre quis cobra semelhante
Que me tirasse do sério e me desse sentido
Se de seu veneno virei amante
Sou cobra, como o fruto proibido
Silibo-me todo de a ver passar
E tento esconder a minha emoção
O seu veneno sempre hei-de "contrariar"*
Não tenho culpa, será que perdi a razão?
FidesinOculisMeis 2021