Em dias em que á terra desceu a divindade
O pupilo mostrou que afinal já tem a lição aprendida
Se vocação todos a temos de verdade
Embora permaneça ela escondida
Orgulho o do mestre ver em seu aprendiz
Ver que os canhões duplicados também sabe armar
A divindade que conseguiu o que quis
A lição 'tava estudada só faltava o pupilo incentivar
Mais tarde, também ele tentou a divindade surpreender
Ao mostrar-lhe algo que ele não tinha em seu vocabulário
Tortas de milho e o deus danado p'ra aprender
Com seu pupilo mais uma “letra” do abecedário
Ao ver tamanha agitação Rex Rapinam resolveu aparecer
Rapidamente se juntou a esta contenda
Deixando Debulosumque Fumum com vontade, pudesse ele morrer
Deuses e seus pupilos, haja quem os entenda
Juntos os 3 nesta divina comédia
Os deuses carrancudos começam a desabrochar
Se deus fizer o que o pupilo faz, tragédia
Deus não se ensina, apenas se ajuda a aperfeiçoar
Tal como o pupilo, também este deus provou seu valor
Na arte de saber o canhão armar
Na hora de disparar não lhe causa temor
Uma munição de cada vez p'ro canhão não encravar
Junto agora o pupilo e as duas divindades
De Debulosumque Fumum o seu pupilo aguarda lições
Debulosumque Fumum que sempre soube algumas verdades
Até o que acontecia quando ia p’ras eleições
Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!
Eduardo Fontes©