Poemas -> Tristeza : 

Meu delírio cotidiano

 
É uma dor que amofina
E nem sei bem como a sinto em mim
Lateja o meu corpo
A minha cabeça gira em um frenesi absurdo
E estou só em minha solidão.
Não adianta chorar agora
Eu sei que não.
Minhas lágrimas não irão comovê-la
A angústia causada por mim foi muito intensa.
Dos meus olhos saem lágrimas
Que ontem eram suas
E que eu não soube como evitá-las em você.
Como um tolo errante em minha alucinação
Eu me deixei ser arrebatado por outro olhar
E magoei seu coração profundamente.
Canalha que sou!
Miserável indivíduo a circular entre os humanos
Sem ter uma direção certa.
Não permita que a mágoa tome conta de seu coração
Esqueça-me de vez.
Você é o meu delírio cotidiano
A minha amargura perpétua
Mas eu preciso andar por esse vale
Preciso prantear a minha dor na solidão
Ninguém pode socorrer-me de forma alguma.
Siga sua jornada
Alcance as nuvens e viva dias melhores.
Sem mim isso é uma garantia.
Continuar-me-ei em minha angústia
Carregando a dor cruel do abandono
Por ter deixado fugir de entre os dedos
O amor mais lindo que um dia encontrei.

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

 
Autor
Odairjsilva
 
Texto
Data
Leituras
549
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.