A vida por vezes é como uma moeda
Com duas faces compõe sua sinfonia
Círculo de deuses que evita sua queda
No círculo de feras semeando agonia
Daímona Ekdíkisis lança seu poder até onde a vista alcança
Não esquece nada em seu pasado prescrito
Ela é a a fera da vingança
Vinga-se de tudo, dá o dito pelo não dito
Daímonas tou Kakoú de todas a fera mais implacável
Fera que não se permite viver em liberdade
Ser infernal, ser execrável
Fera indomável, fera da maldade
Kýrios tis Dípsas fera da sede profética
Dominada p'la luxúria e p'la inveja
Sacia seu poder de forma pouco ética
Semeia destruição onde quer que vá, onde quer que esteja
To Kreopoleío fera de todas a mais sanguinárea
Os animais afoga em poços profundos
Figura de todas a mais temerária
Seu poder, fazer criaturas viajar entre os mundos
Eroméni tou Skótous fera escura e solitária
Sem solidariedade sem compaixão
Sua ferocidade é lendária
Seu poder, transformar luz em escuridão
Kuría tou Polémou irmão do deus guerreiro
Em tudo vê batalha, em tudo vê conflito
Ao contrário de seu irmão um pouco alcoviteiro
Suas batalhas nunca acabam, prolongam-se no infinito
Ieréas tou Diavólou de todas a fera mais melindrosa
Com seu sacerdotismo das intranhas do inferno
Lança o poder de maneira ardilosa
Transforma qualquer luzidente verão no mais escuro inverno
Com as feras,
E em contraponto com os deuses do círculo superior
Tudo o que é luz vira escuridão
Tudo o que é coragem vira temor
Tudo o que é chão vira ilusão
Confrontos vindouros no coliseu que é a vida
Nenhum detalhe é deletado
Em que nenhuma "promessa" é esquecida
Em que nenhum confronto é mais evitado
Mesmo sendo eu um vagabundo...
por um belo sorriso vou até ao fim do mundo!
Eduardo Fontes©