Um coito fingido,
Que o verdadeiro guardas tu.
Não sei onde o encontre
Para me apossar,
Mas só o acho
Quando ele se espalha por mim
E dele nada guardo,
Apenas a sensação, não repetição!
Oh! E onde o guardas
Que agora também te guardas tu,
Guardas-te longe de mim.
Os olhos baços da esperança
Que se esvaiu,
Não te vêem há tanto tempo,
Que me cubro de outro coitos,
Nenhum semelhante ao teu!
Estes não me chegam...
Volta,
Conta-me, onde estás?
Se de outro modo for impossível,
Diz-me em sonho o teu paradeiro
Para que faça até lá o caminho que anseio,
A ti.
- E passa o tempo,
Quase sem nada nas mãos,
- Passa... Discreto.
Noto-o apenas pelo grito aberto
Colhido pouco antes de se libertar.
- Vai passando,
O cheiro mudou,
O teu cheiro não se achega,
Como chegava.
Oh! E eu inocente embrulhava-me nele,
Seguia-o e perdia-o,
Também o cheiro é veloz.
- Agora não passa
Que este tempo
Só ia de mim a ti.
05/04/2008